VER O ESSENCIAL
Vida, mágica comunhão de aparências e verdades bem e mal, ordem e confusão insídias entre lealdades que seria dos seres humanos sem suas máscaras e as lupas sem méritos, sem seus enganos próteses e maquiladas condutas? caí em meu jardim, deitado e fiquei ali paralisado meus olhos fechados, inertes os membros travados e inermes com um esforço, consegui olhar e abriu-se o céu matinal acolhendo pássaros a cantar parecendo entoar um madrigal divisei borboletas no jardim em danças pelas flores carmin contrastando com o verde sem fim que as folhas desenharam pra mim nos quadros que se pintaram pela luz eu admirei mais esta que o jus e o sol implacável se mostrou num excesso de óbvio que cegou formigas avançaram em batalhão e me explicaram com comichão que os sentimentos em conflitos tornam os pensamentos aflitos e que a única obviedade é ignorância na inverdade de acreditar que exista o vulgar pois que tudo é peculiar não há menor ou maior ação nem a razão, nem a emoção e o invisível se mostra no que é essencial e não se vê entremeadas com a alegria senti dores e melancolia quando resgatado fui afinal e pude me enxergar animal Joseph Shafan
Enviado por Joseph Shafan em 24/07/2009
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