Durante a festa houve oferendas de frutas, toras açucaradas e ramos floridos primaverís, culto simbólico rendido à intimidade. Na vegetação fértil da natureza onde se encontra a integridade da alma, me perdi em grutas que controlam as águas das chuvas, adentrando seu mundo interno, assim penetrando a Lua primordial de porvir cíclico dotado da fertilidade potencial. Ali, fonte de vida, senti marcas de colheitas interiores, numa linguagem de fecundos deslumbramentos desejados.
A Lua, numa mágica matiz enfeitiçadora, refletiu a luz proveniente do Sol, imagem de sonhos inconscientes repleta de encantamentos.
Manifestações artísticas profundas semearam as profundidades escuras e úmidas, entranhas sulcadas onde deslizam rios subterrâneos.
O fenômeno de comunhão, sacramentado desde a criação, repete-se no laço de fios tecidos que só podemos imaginar ver em suas efêmeras aparições.