Glória dos Vermes
As tropas avançam
a linha foi rompida crianças ensanguentam covardias contra a vida os perfumes desaparecem sob o fétido dos passos pois a todos envelhecem botas de soldados vilanaços Náuseas provocadas pelos tanques insensíveis lares, casas incendiadas festa de germes putrecíveis Bandeiras malditas da história tremulam em desertos construídos e querem proclamar como glória os disfarces de assassinatos repetidos Sorriem em fotos de orfanatos proto-defuntos maquiando algozes campo semeado de corpos putrefatos apontando seus crimes atrozes Querem ser como heróis festejados em filmes mentirosos, mas são vômitos de governos de morte insensatos repulsados só pelos indômitos Justificam as vítimas em crateras enganando com seus paquidermes fazem fita nas políticas insinceras administrações empestiadas de vermes Antes tivessem sido esses ídolos nati-mortos todos desde Alexandria mas são páginas destes capítulos da contínua história da covardia. Inspirada pela obra INSANIDADE HUMANA de Maurélio Machado ________ (Copyright © 2005 A.José C.Coelho. Todos os direitos reservados.)
Joseph Shafan
Enviado por Joseph Shafan em 06/12/2005
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